É bom avisar antecipadamente que este filme poderá gerar um certo desconforto. É daqueles filmes polêmicos e violentos, mas para quem se interessar ir mais a fundo, o filme não se resume a isso. Além de pegar pesado em algumas cenas, o filme tem seu recado.
O diretor já tem um histórico cinematográfico razoável sobre assuntos polêmicos e não é daqueles que economizam nas cenas indigestas. Pra quem já assistiu seu trabalho anterior, Distúrbio Fatal, sabe que ele tem apreço pelos momentos chocantes. Só que desta vez, para mim, fez um filme melhor e com maior significado do que o anterior... Distúrbio Fatal é estranho demais.
A história acompanha em primeiro lugar, uma jovem que leva uma vida aparentemente sem propósito. Tem um trabalho como empregada em uma pensão que mora e refugia-se de suas preocupações fazendo sexo com estranhos. Aliás, uma de suas características é que não faz sexo duas vezes com a mesma pessoa. Ao longo da história, conhece um cara aparentemente tranquilo que tenta se aproximar dela e mudar seu estilo de vida. Para completar o Red, White and Blue, o terceiro personagem importante do filme será uma das aventuras sexuais da garota.
A violência no filme pode não ser leve, mas passa a sensação de que não é gratuita. Por explorar 3 pessoas com sérios problemas de comportamento, cuja razão pode estar no passado, acompanhamos eles entrando em desespero. Seus objetivos de vida e ações são estranhos... Isso deixa o filme como um ótimo estudo de comportamento. Ao longo da história, você vai se acostumar com qualquer tipo de atitude deles, da melhor a pior. E mesmo com a violência e as cenas fortes, que o diretor não economiza, não dá para saber quem está certo ou quem está errado. E nem vale a pena tentar julgar também.
Recomendado para aqueles que não se impressionam tanto com cenas um pouco mais pesadas...