Na maior parte, vou tentar comentar e indicar filmes que estejam um pouco fora do circuito comum, pra trazer algumas novas e diferentes opções. E como gosto de filmes antigos também, alguns vão aparecer.
Lógico que nem sempre as opiniões valerão para todos... cada um realmente tem gosto e interesse diferentes!
Vossos comentários e opiniões serão bem vindos!

Um forte abraço e um aperto de mão leve...

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

KILL LIST - 2011

Boa e estranha pedida do cinema independente inglês.


Ao estilo "ame ou odeie", pelo que percebi, este filme ao menos gerou repercussão em alguns festivais que participou entre críticos e público, gostando ou não. É um filme independente britânico, de baixo orçamento, com um elenco quase desconhecido e um diretor praticamente estreante. Confesso que minha expectativa inicial não era das melhores, principalmente porque o nome também não ajuda. Porém, a surpresa é que não é um simples filme de ação, como o nome pode sugerir.

A história é a seguinte: Jay é o protagonista que está desempregado há 8 meses e tem um relacionamento conturbado com sua esposa. Ele também é uma espécie de matador de aluguel nas horas vagas.  Surge para ele uma nova oportunidade no mercado "paralelo" e aceita, acompanhado de seu melhor amigo. Este trabalho é um plano para assassinar 3 pessoas e chama-se Kill List. O problema é que Jay é um pouco descontrolado e este plano poderá tomar outros rumos.

Até aí, nada de muito novo, mas a história não é tão simples quanto parece. Os momentos mais violentos, típicos de filmes de ação e bem filmados por sinal, junto com personagens perturbados, serão revirados quando o horror psicológico tomar conta do filme. Soa estranho essa mistura, mas funciona bem aqui.

O elenco quase desconhecido convence bem, mas a força maior fica com a direção e o roteiro que são, no mínimo, ousados. Com câmera de mão usada em boa parte das cenas, que não nega o estilo low budget, a narrativa incomum, que mistura gêneros e pode até não ser das mais agradáveis, é provocativa e interpretativa. Claramente o filme quer confundir o público e gerar debate e discussões aos mais empolgados. E para completar a experiência, os 10 ou 15 minutos finais são de tirar o fôlego.


Não é sempre que saímos de um filme com uma confusão na cabeça, no melhor sentido. Na verdade, tenho vontade de revê-lo, assim que possível, para matar aquela sensação de que várias mensagens durante o filme explicam melhor seu final, ou talvez ter uma interpretação alternativa, ou até descobrir mesmo que não é necessário interpretação nenhuma...

De qualquer forma, provavelmente, a intenção do diretor não é tornar essa tarefa fácil. Portanto, quem se interessar, verá um filme diferente com certeza, mesmo não gostando. Recomendo.