Na maior parte, vou tentar comentar e indicar filmes que estejam um pouco fora do circuito comum, pra trazer algumas novas e diferentes opções. E como gosto de filmes antigos também, alguns vão aparecer.
Lógico que nem sempre as opiniões valerão para todos... cada um realmente tem gosto e interesse diferentes!
Vossos comentários e opiniões serão bem vindos!

Um forte abraço e um aperto de mão leve...

quinta-feira, 14 de julho de 2011

CRIMES E PECADOS - 1989

Woody Allen inspiradíssimo faz um dos seus melhores!


Revi este que não está entre os mais lembrados filmes do Woody Allen como Manhattan, A Rosa Púrpura do Cairo, Hannah e Suas Irmãs ou, até um dos seus recentes sucessos, Vicky Cristina Barcelona... mas, pra mim, se não for o melhor dele, está definitivamente entre os 3 melhores. E olha que gosto bastante de seus filmes, mesmo que alguns sejam menos memoráveis. Dá pra entender que não é possível criar obras-primas todos os anos, visto que sua mente criativa impressionante faz filmes anuais mesmo com quase 80 anos de idade. E, definitivamente, Crimes e Pecados é uma obra-prima!
Neste filme, Allen cria duas histórias paralelas. A primeira conta sobre um oftalmologista, casado há muitos anos, que cultiva um outro relacionamento com uma amante há um bom tempo. Ela decide infernizar sua vida, caso não largue definitivamente de sua esposa. O médico decide então tomar uma atitude. Na outra história, um diretor de documentários chamado Cliff (Woody Allen), tenta há um bom tempo produzir um filme sobre um professor de filosofia, mas, não consegue pela falta de interessados. Pra atrapalhar sua vontade de fazer documentários mais conceituais e intelectuais, Cliff é contratado por seu cunhado, um produtor de TV muito bem sucedido, para fazer um documentário sobre ele.
Allen monta estas duas histórias, que ocorrem paralelamente, em um filme só, e usa duas fórmulas das mais comuns em seus filmes, a comédia e o drama. A história sobre o diretor de documentários é sua habitual comédia sutil, sarcástica e irônica, afiada como nunca, e a outra, sobre o médico com problemas de relacionamento, é também fórmula comum em diversos filmes seus. Além de mostrar, em ambas histórias, desilusões amorosas, discute outros assuntos de forma profunda. No drama, coloca em questão as consequências morais de um ato causado pelo impulso e, na comédia, mostra um diretor intelectual, com grande dificuldade de se firmar pessoal e profissionalmente. Aliás, as melhores piadas estão na relação do personagem Cliff com seu cunhado produtor. Um o oposto do outro em todos os aspectos e trabalhando juntos.
É um Woddy Allen em grande forma... seu humor peculiar está em ótima sintonia com discussões mais sérias. Recomendadíssimo!




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